Blog Palmieri

ASSÉDIO MORAL E SETEMBRO NA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO


Antes de dar continuidade no assunto “assédio moral” vamos lembrar que estamos em setembro e nesse mês é feita a campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015. Esse mês de setembro foi escolhido para a campanha porque, desde 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio e não poderíamos deixar de lembrar que o assédio no trabalho pode ser a porta de entrada para diversas doenças psicológicas como a depressão e a síndrome de Burnout, que é um transtorno psíquico a caráter depressivo, resultado de um esgotamento físico e mental oriundos do trabalho.

Segundo dados da Previdência Social, o assédio moral é o causador de cerca de 75 mil afastamentos por todo o Brasil.

Já a Organização Mundial da Saúde (OMS), acredita que a depressão será a doença mais incapacitante do mundo até 2020. 

Como vimos no vídelo anterior desse assunto , o assédio seja sexual ou moral acontece através de muitas manifestações do (a) agressor (a):

O (a) agressor(a) faz ameaças verbais, por telefone, whats, e-mails, critica seu trabalho com palavras grosseiras, viola correspondência da vítima e,  recusa-se a dar qualquer explicação do seu comportamento – repreendida e  tratada aos berros -o que impede a vítima de comunicar-se com seu ofensor sobre o mal que está sendo causado a ela, busca racional de uma solução para o problema.

O agressor se comunica até com linguagem corporal, sempre no sentido de menosprezar a vitima, humilhando-a, questionando sua capacidade  e competência profissionais.

Às vezes não caracteriza-se com uma intenção sexual e, não vem apenas do superior direto ou do empregador (a), comprovados casos de asséio moral vem são colegas visando fragilizar o (a) outro (a) para galgar seu posto na empresa.  A destruição da auto-estima é o alvo do molestador MORAL.

Faz pequenas insinuações, brincadeiras de mau gosto, ridiculariza a vitima em meio ao grupo. Todas as opiniões da vítima são tratadas com desrespeito, com insignificância, numa onda de “perseguição sem fim”.

Se agressor tem poder na empresa, ainda pode ter atitudes de isolamento da vítima de sua equipe, encerra os convites para encontros informais do grupo como: (festas, happy hours, confraternizações) e para reuniões da própria empresa, 

O ofensor também pode  submeter a vitima a todo tipo de constrangimento e vexames, falando de sua classificação em questão de metas por exemplo, colocando-o em sempre em último lugar, ou ainda pior fazendo-o pagar “micos” por ser o que menos de destacou em sua função, já tivemos casos em que patrões (oas) fizeram empregados dançar músicas vexatórias ou vestir-se do sexo oposto, apenas para humilhá-lo perante os outros, como uma punição por não ter atingido metas.

Porque criamos certos tipos de defesa, capazes de minimizar o problema  DO ASSÉDIO (até mesmo afastá-lo ou maquiá-lo)? O QUE ISSO REPRESENTA NA VIDA DE UMA PESSOA?

Essa aparente normalidade de uma pessoa aceitar o sofrimento físico, psíquico e ético, buscando negar o sofrimento – deve-se, principalmente, ao pavor de males maiores de que padecem os trabalhadores que é o desemprego e, devido a crença de que levar um assunto desse em tribunal não tem chances de sucesso e só irá deixá-lo mais exposto , ate diante da família e amigos.

NÃO há dinheiro, posição que pague esse sofrimento essa humilhação.