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A VIOLÊNCIA NÃO COMEÇA COM O SOCO!

Sinais de Violência Doméstica Antes da Agressão

A violência doméstica raramente começa com socos.

Na verdade, ela é um processo que se inicia com sinais sutis de abuso emocional e psicológico, que escalam gradualmente até chegar à agressão física.

Entender esse padrão de comportamento é fundamental para identificar a violência e buscar ajuda antes que a situação se agrave.

O Ciclo da Violência Doméstica

A violência doméstica segue um padrão cíclico, que se repete e se intensifica com o tempo.

Esse ciclo foi descrito pela psicóloga Lenore Walker e é dividido em três fases:

  1. Aumento da Tensão: Nesta fase, o agressor fica irritado e tenso por motivos insignificantes.

Ele pode humilhar a vítima com críticas constantes, ameaças, e até mesmo destruir objetos.

A vítima, por sua vez, tenta de todas as formas evitar a ira do parceiro, “pisando em ovos” para não o “provocar”.

É um período de medo, ansiedade e angústia.

  1. Ato de Violência: É a explosão da tensão acumulada. A agressão pode ser física (socos, empurrões, chutes), verbal (xingamentos, gritos), psicológica (humilhação, intimidação), moral ou patrimonial. A vítima pode sentir-se paralisada e incapaz de reagir. É o momento de maior perigo.
  2. Lua de Mel (ou Arrependimento): Após a agressão, o agressor age com arrependimento e remorso.

Ele pede desculpas, faz promessas de que nunca mais irá acontecer, dá presentes e demonstra carinho.

Essa fase de “amor” e reconciliação faz com que a vítima acredite que o agressor vai mudar, e a esperança de que o relacionamento volte a ser bom a impede de terminar a relação.

Com o tempo, a fase de “lua de mel” fica cada vez mais curta e o ciclo se repete com mais frequência e intensidade, aumentando o risco para a vítima.

Sinais de Alerta Antes da Agressão Física

Os sinais iniciais de violência doméstica são geralmente comportamentos de controle e coerção, que podem ser confundidos com demonstrações de “amor” e “cuidado” no início do relacionamento. Fique atenta a esses comportamentos:

  • Ciúme excessivo e possessividade: O parceiro tenta isolá-la de amigos e familiares, critica as pessoas próximas a você e exige saber onde você está o tempo todo.
  • Controle financeiro: Ele controla como você gasta seu dinheiro, impede você de trabalhar ou acessar suas próprias finanças.
  • Humilhação e críticas constantes: Ele a ridiculariza em público ou em particular, critica sua aparência, inteligência e interesses.
  • Ameaças e intimidação: Usa o medo para controlar, ameaça machucar você, a si mesmo, os filhos ou animais de estimação.
  • “Gaslighting”: Manipula a sua percepção da realidade, fazendo com que você duvide de sua própria memória, sanidade e sentimentos.
  • Vigilância e invasão de privacidade: Mexe no seu celular, e-mails e redes sociais, exigindo acesso a suas senhas.

É importante lembrar que esses comportamentos não são normais em uma relação saudável e são sinais claros de que o relacionamento é abusivo.

O amor verdadeiro não aprisiona nem tolhe a liberdade. Se você identificar esses sinais, não espere a violência física para buscar ajuda.

Se Você Precisa de Ajuda:

  • Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher, que oferece apoio e orientações.
  • Ligue 190: Em casos de emergência, ligue para a Polícia Militar.
  • Procure a Delegacia da Mulher (DDM): Para registrar um boletim de ocorrência e solicitar medidas protetivas de urgência.
  • Converse com alguém de confiança: Um amigo, familiar ou profissional de saúde. O apoio de pessoas queridas é essencial.

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