O divórcio, por si só, já é um processo delicado.
Mas quando envolve filhos menores e desacordo entre os pais, o cenário pode se tornar ainda mais complexo — especialmente nos chamados divórcios litigiosos, onde não há consenso entre as partes.
Entre os pontos mais sensíveis estão a guarda e o direito de convivência (visitas). Quando não há diálogo entre os pais, a definição desses termos pode virar uma verdadeira batalha judicial.
O que é a guarda?
A guarda se refere à responsabilidade legal de cuidar, educar e proteger os filhos.
No Brasil, o modelo mais comum é a guarda compartilhada, onde ambos os pais participam ativamente das decisões sobre a vida da criança — mesmo que ela resida com apenas um deles.
No entanto, em divórcios litigiosos, essa modalidade pode ser dificultada quando há hostilidade ou falta de cooperação entre os genitores.
Quando surgem os conflitos?
Os principais conflitos surgem quando:
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Um dos pais deseja a guarda exclusiva, excluindo o outro da convivência cotidiana;
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O genitor que não detém a guarda sente-se prejudicado nas visitas;
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Há tentativas de afastamento da criança do outro genitor;
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Um dos pais não respeita os horários ou datas combinadas judicialmente;
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Há mudança de cidade ou país sem consentimento.
Em muitos casos, essas situações afetam diretamente o bem-estar emocional da criança, que pode acabar sendo usada como instrumento de disputa.
Qual o papel da Justiça?
Quando o diálogo não é possível, o juiz decidirá com base no melhor interesse da criança — e não nas vontades dos pais. O magistrado poderá:
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Determinar a guarda compartilhada ou excepcionalmente a guarda unilateral;
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Fixar um regime de visitas com horários, dias e até feriados alternados;
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Estabelecer mediação familiar ou acompanhamento psicológico, se necessário.
O que fazer diante de um conflito?
✅ Buscar orientação jurídica especializada é essencial.
✅ Registrar eventuais descumprimentos das decisões judiciais.
✅ Tentar, sempre que possível, soluções pacíficas ou via mediação.
✅ Nunca envolver a criança nos conflitos entre os pais.
Conclusão
Conflitos sobre guarda e visitas no divórcio litigioso são desgastantes — mas é possível enfrentá-los com firmeza, respeito à lei e, acima de tudo, com foco no bem-estar da criança.
O apoio de um advogado experiente em Direito de Família faz toda a diferença para proteger direitos e evitar que disputas emocionais causem danos irreversíveis.
Em casos assim, cada detalhe importa. Procure auxílio especializado e tome decisões com base naquilo que realmente importa: o equilíbrio e a saúde emocional dos seus filhos.