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Partilha de Bens no Divórcio: o que é considerado justo perante a lei?

A separação de um casal envolve muitas decisões difíceis, e uma das mais sensíveis é a partilha de bens.

Quando há bens em comum, o debate sobre o que é “justo” pode rapidamente se transformar em conflito.

Mas afinal, o que é considerado justo pela lei brasileira em uma partilha de bens no divórcio?

A resposta depende de vários fatores — principalmente do regime de bens escolhido no casamento, da forma como o patrimônio foi construído e, em alguns casos, até do comportamento das partes durante a relação.

⚖️ O que a lei entende por “justiça” na partilha?
A legislação brasileira busca garantir o equilíbrio e proteger tanto o patrimônio quanto os direitos individuais de cada cônjuge. Mas a ideia de justiça não é subjetiva — ela se baseia no que foi previamente acordado no casamento e na comprovação de esforço comum.

O Código Civil determina regras claras para cada regime de bens. O juiz, quando provocado, não distribui “como achar melhor” — ele aplica a lei com base nos documentos, provas e contexto do casal.

💍 O regime de bens define tudo
A divisão de bens no divórcio será feita com base no regime adotado. Veja os principais:

▪ Comunhão Parcial de Bens (o mais comum)
Tudo que foi adquirido durante o casamento entra na partilha — mesmo que esteja em nome de apenas um dos cônjuges.
Não entram: bens anteriores ao casamento, heranças e doações com cláusula de exclusividade.

▪ Comunhão Universal de Bens
Todo o patrimônio do casal, inclusive o que cada um já possuía antes do casamento, é dividido igualmente.

▪ Separação Total de Bens
Cada um mantém o que é seu. Não há partilha, a menos que se comprove esforço conjunto em determinados bens.

🧾 Justiça também envolve contribuições indiretas
Um ponto importante: contribuições não financeiras — como cuidar da casa, dos filhos ou apoiar o outro para crescer profissionalmente — também são consideradas. A justiça reconhece o esforço indireto, especialmente em uniões duradouras onde um dos cônjuges se afastou do trabalho formal para sustentar o lar.

🏠 Bens que geram mais conflitos
Imóveis adquiridos durante o casamento

Veículos e contas bancárias em nome de um só

Empresas e participações societárias

Investimentos e aplicações financeiras

Cada item pode exigir avaliação profissional para definir valores justos e equivalentes.

👩‍⚖️ Quando o juiz decide
Se não houver acordo entre as partes, o juiz fará a partilha com base:

No regime de bens

Na documentação apresentada

Em provas de esforço comum ou fraude

No princípio da boa-fé e da equidade

📌 Conclusão
O que é “justo” na partilha de bens nem sempre é o que parece “igual”.

A justiça busca equilíbrio, reconhecimento do esforço conjunto e aplicação da lei conforme o regime escolhido.

Por isso, contar com um advogado especializado em Direito de Família faz toda a diferença: ele ajuda a garantir que seus direitos sejam respeitados e que a divisão patrimonial seja feita com segurança, transparência e, acima de tudo, justiça.

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